Como artistas do passado transformaram a botânica em instrumentos de autoridade, propaganda e dominação cultural — revelando a dualidade entre estética e mensagem Ao longo da história, imagens sempre exerceram uma força silenciosa, porém decisiva, na construção e manutenção do poder. Entre essas imagens, as representações botânicas — sejam em jardins, em pinturas, em tapeçarias ou em livros ilustrados — desempenharam um papel sutil, mas profundamente estratégico. Muito além da ornamentação, as plantas funcionaram como linguagens visuais codificadas , articulando mensagens políticas, religiosas e culturais de maneira elegante, quase imperceptível para os espectadores comuns. Reis, papas, conquistadores e governantes compreenderam, talvez intuitivamente, que dominar a natureza era também dominar os símbolos que dela emergiam. Jardins exuberantes e ilustrações botânicas meticulosamente planejadas não eram apenas demonstrações de gosto refinado, mas ferramentas de propaganda , meios de l...